Pois lá estava eu em Paris, num restaurante que é um charme nos Les Halles, quando entra não só uma, mas duas modelos russas maravilhosas ao estilo Amanda-Paris... Não havia como não reparar no estilo, ou melhor no alto estilo.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Ah... Essas Amandas de Paris!
Pois lá estava eu em Paris, num restaurante que é um charme nos Les Halles, quando entra não só uma, mas duas modelos russas maravilhosas ao estilo Amanda-Paris... Não havia como não reparar no estilo, ou melhor no alto estilo.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Reflexões 4 - A inadequação amiga
Reflexões 3 - Problema de DNA
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
No Atelier com Amanda - A mulher na Arte
sábado, 2 de janeiro de 2010
Na Balada com Amanda 1 - Festa da Virada
Textos 2 - Revelando Amanda
Quando morre uma promessa de amor, parte as asas o pássaro que preenche esvoaçado o coração. Naquela noite, partiram-se as asas de um pássaro lindo, asas longas, olhar sereno, penas sedosas, todas brancas. Amor puro, que só sente aquele que se conhece bem, porque sabe no outro a outra parte, lar encontrado, precioso par.
Acendeu o cigarro lentamente, como num rito mágico - solitário rito de limpeza interna -sorvendo a fumaça e soprando a mágoa. Dor doída no peito, de perder em vida quem mais se quer bem. Devolver ao espaço o ar roubado, ar do espaço que não lhe pertence. Retornar ao mundo o que é dele, pois, ninguém é de ninguém.
Chorar no escuro do quarto o calor que não sentiu no abraço que não recebeu. Chorar a palavra que não foi dita, o silêncio onde havia o sim, o olhar que se perdeu. Chorar o afeto que não foi trocado, o gesto que ficou no pensamento e não se materializou.
Desfazer as malas antes da viagem, desistir do vôo antes do embarque. Recolher-se à solidão costumeira, velha companheira de tantos anos e tocar de novo o coração sem pássaros, vazio o espaço, sem questionar o vácuo que o destino ofereceu.
Olhar a fumaça subindo e dissolvendo-se, como se desfazem todo o laço, toda a ternura que não se tem de fato. Devolver ao frio, o calor que vem de dentro a cada sopro. Esvaziar a mente, cada vez vazio se faz o pulmão. E perceber nas ondas de fumaça que se dispersam em direção ao teto, a essência do amor verdadeiro, que não retém o que se ama e mais ama, quando deixa partir o amado bem.
Sorver lentamente, a cada tragada, sabendo poucos os segundos de real contato. Pois o que é o amor senão a chama passageira, dos poucos momentos em que dois se fazem um. Ficar fumaça toda misturada, vagas entrelaçadas até se transformar em ar comum.
Fraquejar na iminência do inevitável rompimento. Preencher de música imaginária cada segundo que resta antes do derradeiro vôo e ao som da melodia do cantor do norte, embalar a dança a dois que não se fez. Tocar o corpo pela alma. Tocar a alma pelo olhar. Rodopiar e se esquecer do insustentável fim.
Logo depois, entregar-se ao sentimento da partida, ao reencontro com seu próprio eixo. Desejar ao pássaro que parta um vôo largo, um longo vôo para o nunca mais. Olhar o horizonte até que dele não reste mais nenhum ponto, diminuto traço que se reduz a cada batida, cadenciado afastamento no ruflar do tempo, caminho sem volta, destino desfeito, talvez.
Voltar a atenção do ponto no horizonte, para aquele no centro do peito. Encontrar no traço que liga este ponto ao infinito a sustentação que o olhar do que se foi não mais contém. Conformar-se à perda, como se conforma o orvalho da manhã à evaporação.
Mudar por dentro o que não se pôde por fora, revisão completa, gavetas abertas, arrumação. Abrir a gaiola onde habitam os muitos amores, prisioneiros das lembranças, e deixar cada qual encontrar seu pouso em local distante. Ficar passarinho de asas quebradas na sombra da tristeza por mais alguns anos.
Ilusões reanimadas na certeza interna que, mesmo partidas, algo fica para trás. O hálito do amor que se julgava não mais sentiria, permanece. O oxigênio que, por algum tempo, salvou da morte as muitas horas tristes de isolamento, ainda abastece.
Reaprender a viver só. Alimentar-se do muito amor que se tem no coração, não daquele pouco que se deu e que, em conta-gotas, recebeu devolução. Reter a cada tragada o que de bom se tem para reter. Soprar em seguida o que se foi. Devolver ao mundo o que restou.
Na despedida, dar em pensamento a carícia que não ousou tocar com seus próprios dedos. Retornar o beijo imaginário, língua molhada na boca do outro, carinho atrevido sob a roupa abotoada até o pescoço.
Sentir na pele, sem contato, o cheiro embriagante que o próprio olfato não sorveu. Tocar as mãos como se tocasse sua intimidade. Entrelaçar de pernas antevendo o impossível encaixe. Entregar-se ao seu olhar, como se entrega a imagem nua. Abraçar, como se fosse sua.
Depois do devaneio, tocar a imagem verdadeira, seca e fria, em nada semelhante ao sonho louco dos amantes. A realidade das horas em silêncio, dos pequenos ruídos que só ouvimos quando estamos totalmente sós. Apagar o cigarro no cinzeiro, cheio de cinzas de outros tempos, tanto amor desfeito, tantas projeções.
Depois do gozo solitário, enfiar-se sob as cobertas de uma cama fria e chorar aos soluços, até adormecer.
No dia seguinte, acordar bem cedo, muitas horas ao banheiro, água levando pelo ralo do chuveiro a dor sem fim. Em movimentos circulares, descobrir atrás do vapor no espelho um novo olhar. Banho tomado, refeito o penteado, retocada a maquiagem, resolver sair do luto sem olhar para o passado - ou morreria junto à promessa quebrada do amor que não sofreu.
Enterrar a possibilidade de vivê-lo em plenitude, enterrar todo o desejo, e sobre sua lápide lançar uma rosa de adeus. Gravar no epitáfio, a ser esquecido, o sentimento que se foi, sem nunca ter sido. Coito interrompido. Beijo sem saliva. Sexo sem prazer.
Deixar mais uma vez o coração leve, preenchido com a própria luz. Escancarar as janelas do quarto, assistir ao sol nascer. Deixar entrar o vento e com ele outras asas que o acaso pousa, cedo ou tarde, na sacada.
Seguir em frente, sem olhar para trás. Soltar. Reencontrar a mulher interior, divina e intocada. Entender, finalmente, que não há problema em não ser a pessoa certa para a pessoa amada, bastando ser a pessoa certa para si mesma.
Desapegar-se e reencontrar-se cada vez mais. Antes de sair de casa, enxugar as poucas lágrimas. Lançar ao espaço o bem amado. Deixar partir, asas coladas. Fazer livre o pássaro e voar, voar, voar.
No Toucador com Amanda 1 - Banho da Virada
Coloquei minha Amanda para fora nas vésperas da virada e me dei de presente um ¨Dia de Amanda¨... Cuidei do meu corpo da cabeça aos pés... Hidratação com Kerastase (recomendo!), sauna relaxante, drenagem linfática (revigorante), manicure, pedicure, maquilagem... TUDO QUE MINHA AMANDA TEM DIREITO!